Bolsonaro será preso preventivamente? Moraes pode decidir nesta segunda (25) 

Depois de receber os argumentos da defesa de Bolsonaro na última sexta, deve decidir de mantém ou impõe novas medidas cautelares a Bolsonaro

A expectativa em Brasília é que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre as últimas medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (25). O que significa que Moraes pode, por exemplo, decidir converter em prisão preventiva a atual prisão domiciliar de Bolsonaro

Depois de receber os argumentos da defesa de Bolsonaro no final do dia de sexta (22), Moraes enviou a consulta à Procuradoria Geral da República, como é de praxe antes de tomar uma decisão. 

O motivo de uma eventual prisão não seria o processo do 8 de Janeiro que já tem até data para ser julgado no STF – começa no dia 02 de setembro -, mas sim por uma nova investigação por obstrução de justiça, que envolve também o deputado Eduardo Bolsonaro e agora também o pastor Silas Malafaia.

O jurista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Pierpaolo Bottini, que tem longa experiência em processos no STF, explica que existem duas principais preocupações na corte. “Uma é a reiteração das condutas que ele entende como criminosas, reiteração das ameaças, das interferências, da tentativa de interferir no processo penal. E a outra é uma preocupação com uma eventual fuga de Bolsonaro”, disse em entrevista ao InfoMoney nesta semana.

Em relação ao processo contra Jair Bolsonaro que vai ser julgado a partir do dia 2, Bottini acredita numa resolução rápida, por ser um processo que tem réu preso, no caso, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. 

Já em relação à operação que envolve o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, deflagrada na última semana, Bottini acredita que ainda está numa fase inicial e deve demorar mais a ter um desfecho. Segundo o jurista, eles têm que se explicar e, só a partir de então, vai se saber qual a avaliação do ministro Alexandre de Moraes sobre o caso.

“Mas, de alguma forma, dificulta a volta do Eduardo para o Brasil, porque ele vai ter o justo receio de receber alguma cautelar, quando chegar aqui”, conclui.

Fonte: infomoney

Leia também