Celso Sabino negocia para permanecer no governo como cota pessoal de Lula
O União Brasil resiste a um acordo com o ministro do Turismo, Celso Sabino, pelo qual ele se licenciaria da legenda e permaneceria no cargo até abril, quando retornaria a sigla.
A cúpula do partido continua, nesse sentido, aguardando que ele deixe o cargo até amanhã, sexta-feira (26), sob pena de expulsão.
Como mostrou a CNN, Sabino negocia com a uma licença partidária com o aval do presidente Lula.
Ele ficaria no governo dentro da cota pessoal de Lula e teria o apoio do presidente para disputar o Senado, pelo Pará, no ano que vem.
No estado, o governador Helder Barbalho é favorito para o cargo, mas Sabino disputa a segunda vaga na chapa com o presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Chicão (MDB).
Se prosperar, o acordo livraria Sabino de ter de deixar o União Brasil — algo que ele não deseja — e ainda aumentaria as chances de obter a segunda vaga no estado com o apoio de Barbalho.
Para o União Brasil, a vantagem seria se manter no governo em um momento em que Lula recupera popularidade e demonstra competitividade para 2026. Além disso, garantiria ao presidente do União, Antonio Rueda, um elo com o governo federal no momento em que avançam contra ele investigações da PF (Polícia Federal).
Foram justamente essas investigações que levaram a Executiva do União Brasil a romper com o governo e a exigir que todos os filiados deixem seus cargos federais.
Se a operação política der errado, o sinal de Lula dado a Sabino foi de que a secretária-executiva Ana Carla Lopes deve ser efetivada no posto. Ela é do Pará e ajudaria Sabino a promover um balanço de sua gestão durante a COP30 de Belém, evento considerado essencial por Sabino para potencializar sua pré-campanha em 2026. Sabino, como mostrou a CNN, indicou-a para o cargo na sexta-feira passada.
Fonte: CNN Brasil